No domingo, o Nova Iguaçu encara o Vasco, no jogo de volta da semifinal do Carioca, depois de empate por 1 a 1, na ida, no Maracanã.
Um empate coloca a "Laranja Mecânica" na decisão, um resultado que seria histórico para coroar um trabalho que começou ainda em 2023. No caminho da semifinal, a equipe venceu o Vasco e empatou com Flamengo e Botafogo.
"Nossa pré-temporada começou em novembro, o que nos possibilitou nos prepararmos muito bem pro nível físico que a competição exige. Isso tem ligação direta no bom trabalho que temos feito", coloca Sérgio Raphael, em entrevista exclusiva ao Flashscore.
Comandante diferente
Para ele, o saldo positivo do clube tem alguns fatores fundamentais, a começar pelo técnico Carlos Vitor.
"Ele tem uma filosofia que me adaptei bem e gosto muito. É um estilo de propor o jogo, manter a posse de bola, circular bem a bola por todos os corredores até encontrar os espaços. Quando estamos sem a bola, a proposta é marcar forte e competir bastante. No futebol atual, quem executa isso, fica mais próximo das vitórias", revela.
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Batendo de frente
Independentemente do adversário, o Nova Iguaçu tem conseguido mostrar um futebol regular, mantendo a ideia de jogo. As vitórias foram consequência da eficiência mostrada em campo, aumentando a confiança para os momentos decisivos.
"No começo do ano, nós falamos que íamos ser diferentes. O trabalho da comissão técnica contribui demais e facilita nosso trabalho. Tentamos manter o mesmo padrão de jogo. Dependendo da partida, nos adaptamos.
"Mas, na maioria das vezes, jogamos da mesma forma. Isso só é possível porque o grupo entendeu a proposta de trabalho e conseguiu colocar em prática o que é treinado", comemora.
Para o zagueiro, a forma de se postar em campo faz a diferença para que muitos duelos se equilibrem contra times de maior poderio econômico. "Com organização tática e técnica, além de personalidade pra jogar, é possível e propor o jogo mesmo contra equipes maiores. O segredo é ter consciência das nossas limitações e não deixar que o adversário explore isso", indica.
Guerra, matador pela frente e sonho vivo
Rodado no mundo da bola, tendo defendido times da Bolívia, Sudão, Iraque e Malta, o zagueiro de 31 anos carrega algumas memórias positivas e negativas, sem deixar de lado um sonho que persegue desde o começo da carreira.
No Sudão, antes de duelo de torneio continental, ele precisou enfrentar o medo de estar diante de uma guerra. "Foi desesperador, nunca vou me esquecer desse momento".
As voltas no futebol o fizeram enfrentar adversários que ele sabe que reservaram momentos especiais. "Marcar o Fred, quando ele jogava no Fluminense, foi duro. Ele era muito forte no jogo aéreo, tinha um posicionamento impecável e poder de finalização altíssimo", admite.
Sérgio Raphael segue atrás de um grande sonho, que mostra-se possível, principalmente se o Nova Iguaçu seguir bem seu caminho dentro dos gramados. "Hoje, meu sonho é jogar a Série A do Campeonato Brasileiro. Vou em busca disso", garante.