Executivos e empresas do setor de apostas e cassinos online aprovam regulamentação

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Regulamentação das apostas esportivas no Brasil: confira o que dizem executivos e empresas do setor

Regulamentação vai permitir mais transparência para todos os envolvidos
Regulamentação vai permitir mais transparência para todos os envolvidosGerado por IA
O Flashscore esteve presente, na última semana, na SBC Summit Rio, feira da indústria de jogos e apostas. O evento contou com representantes de empresas e marcas do setor, aproveitando a regulamentação do governo brasileiro sobre as apostas esportivas e jogos de cassino online.

O momento é de efervescência dentro do mercado, com a lei 14.790/23, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tendo grande potencial para trazer mais transparência para todos os envolvidos, desde empresas a apostadores.

No evento no Rio de Janeiro, o Flashscore conversou com diversos representantes sobre o tema, trazendo aqui a opinião deles sobre o assunto. Uma direção unânime é sobre os benefícios que a regulamentação dará em um mercado gigante como o brasileiro.

A longevidade para quem investe e atua, além de credibilidade e segurança por estarem envolvidos em um setor com leis bem definidas, são algumas das vantagens. A maior parte das regras já está em vigor, com a parte referente à tributação valendo a partir de abril. 

David Suslik, Head of Sales Livesport/Flashscore

"A regulamentação definitiva está cada vez mais próxima, ela vai ajudar bastante a estabelecer esta longevidade dentro do mercado. O Brasil é o maior mercado onde o Flashscore atua, é um grande cenário que tem recebido nossa atenção. A regulamentação vai ser importante a fortalecer nossa marca no país". 

David Suslik foi um dos representantes do Flashscore no evento
David Suslik foi um dos representantes do Flashscore no eventoFlashscore

Hans Schleier - COO da Casa de Apostas

"A expectativa é positiva após longos anos de trabalho para que esta legalização e regulamentação acontecesse. O ano de 2024 será de transição. Vejo a indústria bastante contente, os clientes também. A regulamentação vai trazer ainda mais segurança para todo este mercado".

"Desde o início da nossa operação no Brasil, procuramos ter atenção e usar boas práticas, pensando no jogo responsável. É preciso boas práticas de gestão no que se refere ao marketing e ações de publicidade que são feitas, estas ideias precisam estar unificadas". 

Hans Schleier, da Casa de Apostas, falou sobre a importância do jogo responsável
Hans Schleier, da Casa de Apostas, falou sobre a importância do jogo responsávelFlashscore

Hugo Baungartner - Vice-presidente da Aposta Ganha para Mercados Globais

"O principal desafio para 2024 é a regulamentação. Sabíamos que era algo que ia acontecer. Gosto do texto da lei, apesar dele não ser perfeito.

"A impressão que tenho é que 90% do seu conteúdo atende ao mercado, pode estar faltando uma coisa ou outra, que ainda será discutida, temos tentado ajudar a secretaria do governo neste sentido. Se faltar algo, poderá ser adaptado para que tudo fique ainda melhor para operadores e governo. O setor vai ficar mais forte com esta regulamentação, vai ajudar a consagrar o mercado brasileiro, que já é uma realidade. O mercado vai sair mais forte depois disso. 

Marcone Barbosa, Diretor de Marketing e Negócios do América-MG

"Estou muito confiante que esta regulamentação vai trazer benefícios grandes não só para o mercado de apostas como para o próprio futebol. Nossos principais parceiros e patrocinadores são casas de apostas. A regulamentação vai elevar o nível destas empresas, vai atrair investimento de fora do país para este mercado. 

Marcone Barbosa, diretor do América, lembrou do investimento que as casas de apostas fazem no futebol brasileiro
Marcone Barbosa, diretor do América, lembrou do investimento que as casas de apostas fazem no futebol brasileiroMourão Panda

"As casas de apostas estão se movimentando neste sentido de transparência, para mostrar que as apostas não são um meio de vida. É algo para lazer e diversão. Quanto mais transparência existir, mais confiável será o cenário para apostadores, torcedores e para quem atua neste ambiente. Estamos falando de um mercado que movimenta bilhões para as casas de apostas e seu entorno no meio do futebol. Hoje, vários clubes são sustentados por empresas deste segmento, é importante termos a atuação de empresas fortes, sólidas e transparentes". 

América-MG conta com parceiros e patrocínios do mundo das apostas
América-MG conta com parceiros e patrocínios do mundo das apostasMourão Panda

Rafael Zanette, executivo da Estrela Bet

"O mercado está em transição e isso gera uma grande expectativa. A regulamentação vai fazer o mercado se consolidar ainda mais, novos players chegarão ao Brasil, o país que é a bola da vez. É um mercado muito grande, com muito potencial a ser explorado. Todos estão de olho no Brasil, pensando como vão entrar no país, enquanto outros já entraram. É um mercado sólido que vai crescer ainda mais. 

"A regulamentação vai atrair novos investidores para atuarem no Brasil. O mercado vai se profissionalizar, será um ambiente de atuação melhor e mais agradável. O público brasileiro vai começar a entender mais de apostas, deixando de achar que é algo ruim. A indústria é muito forte, o caminho natural do mercado será esta consolidação. 

"É fundamental que as apostas sejam usadas como um divertimento e que as casas se comuniquem neste sentido. Não pode ser algo prejudicial e sim uma ideia de entretenimento. Não queremos passar uma imagem negativa, esta comunicação precisa ser bem feita em todos os níveis".

Jorge Iggor - Jornalista e narrador esportivo

"Estamos vivendo um momento importante. A socidade brasileira entendeu a importância de olhar para este mercado de entretenimento como algo que também movimenta a economia e que precisava de uma segurança jurídica. A partir da regulamentação, todos ganham com isso. 

"É algo que vai tirar as casas de apostas e o seu universo desta zona cinzenta. Isso já era uma realidade no Brasil e agora os apostadores e as empresas terão confiabilidade para seguir seu caminho.

"As normas precisa ser claras, assim como sua divulgação, com regras sólidas e bem definidas. Será um gol de placa para todos. Estaremos dentro de um produto legal, nos dois sentidos, com uma legislação por trás, dando segurança para todos. O apostador vai estar investindo em um produto sólido, que vai permitir que o mercado seja difundido". 

Felipe Ximenes, executivo de futebol

"Tudo começou com a medida provisória do governo Temer em 2018, que permitiu a chegada das casas de apostas. Mas a regulamentação era necessária, precisávamos saber como o mercado seria acomodado. Isso vem na esteira da aprovação das SAF's e também agora com a renovação dos contratos de direitos de TV por parte dos clubes. É todo um cenário que vai dar um grande impulso para o mercado". 

Ximenes atuou em diversos clubes do futebol brasileiro
Ximenes atuou em diversos clubes do futebol brasileiroLeandro Boeira / Avaí FC

Alexandre Fonseca - CEO da Superbet no Brasil 

"Somos uma marca nova dentro de um mercado competitivo, talvez o maior do mundo. Estamos falando de um mercado com 500 operadores, o mercado sofrerá um filtro devido ao alto custo e a demanda de tecnologia que será exigida, também com esta regulamentação. Vão ficar os operadores mais estruturados, que vão atuar pensando no longo prazo. 

"Os operadores precisam ter a preocupação com o jogo responsável, visando o entretenimento. Esta deve ser a ideia da experiência. O governo brasileiro está preocupado em absorver estas boas práticas, que já são usadas em outros mercados". 

Miguel Duarte - Senior Affiliate Manager da Blaze

"O mercado brasileiro é único, com mais de 200 milhões de pessoas falando a mesma língua. É um mercado nunca antes visto. O desafio é enorme pelo alto número de operadores e também agora com a regulamentação. Vai ter uma separação dos operadores tops dos outros de nível inferior. Uma pergunta que me faço é como os apostadores vão lidar com a possibilidade de precisar pagar um imposto a partir das apostas ganhas. Muitos não vão querer compactuar com isso.

Miguel Duarte, da Blaze, tem dúvidas sobre como consumidor brasileiro vai reagir com chance de ser obrigado a pagar imposto
Miguel Duarte, da Blaze, tem dúvidas sobre como consumidor brasileiro vai reagir com chance de ser obrigado a pagar impostoFlashscore

"Pelo que conheço do mercado brasileiro, não é algo interessante para quem gosta de apostas. É preciso que o Brasil veja alguns fatores que foram bem feitos na Europa para não castigar o apostador final. A parte de inovação é um desafio, há muitos operadores com produtos similares. É preciso trazer algo singular a este mercado. Se não for assim, as empresas podem não vingar dentro de um mercado difícil e competitivo.