Fratus tem as provas de velocidade como especialidade, tendo conquistado a medalha de bronze nos 50m livre nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021.

O anúncio do atleta veio em suas redes sociais, agradecendo o apoio do Comitê Olímpico do Brasil, do seu clube (Pinheiros) e de patrocinadores e torcida. 

"Nos últimos 18 meses, foram quatro cirurgias e incontáveis sessões de fisioterapia. Apesar de todo o esforço na reabilitação, passei muito tempo fora d’água também. Tudo isso impossibilitou uma preparação que me colocasse em uma posição competitiva em Paris.

"Depois de três Olimpíadas, não faria sentido ir até Paris, vestir o uniforme do Brasil sem a plena convicção de que eu estou em condições de brigar pela prova.", revela. 

O nadador, quatro vezes medalhista em Campeonatos Mundiais, vai seguir focado em sua recuperação. Sua última cirurgia aconteceu no joelho, em fevereiro. As outras três, que tiveram seu início no final de 2022, aconteceram no ombro direito. 

Olho no olho

Fratus, que mora nos Estados Unidos, fez questão de vir ao Brasil para comunicar a decisão a patrocinadores e ao COB ao lado da esposa e técnica, Michelle Lenhardt. Ele chegou a fazer um pedido à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) para tentar obter o índice olímpico dos 50m livre até 23 de junho, data limite internacional. 

A entidade preferiu não abrir exceção, considerando em seu quadro olímpico somente os atletas que estiverem na seletiva no Rio de Janeiro. "A CBDA entendeu que seria inviável, não seria conveniente com todos os critérios que foram estabelecidos. Entendo completamente a justificativa. 

"É uma situação delicada. Não se pode pensar em um atleta sozinho, em uma situação isolada, sendo que você tem dezenas de atletas que vão brigar pela mesma vaga", comentou ao Globo Esporte. 

O atleta garantiu que não pensa em aposentadoria e segue firme na meta de disputar mais duas Olimpíadas, além das três que já tem no currículo.